Criado em 1974 pelo Conselho Universitário da Ufes, o curso de Comunicação Social começou em 1975, com o ingresso da primeira turma, habilitação em Jornalismo. A Ufes foi a primeira institutição de ensino superior a formar profissionais de Comunicação o Espírito Santo e a investir em pesquisa na área
O curso de Comunicação Social foi criado para suprir uma demanda do mercado editorial capixaba por profissionais diplomados, já que em 1969 tornou-se lei a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista. A previsão era formar apenas três turmas e encerrar as atividades.
O desejo inicial era de que o curso fosse sediado no Centro de Artes, mas, por discordância de alguns dos seus representantes, que viam, na época, o curso foi alojado no Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE), vinculado ao Departamento de Administração.



Primeiros laboratórios primeiro edificio de laboratórios do curso de Comunicação
Por ser temporário, a Ufes não investiu em infraestrutura permanente, optando por realizar parcerias com instituições que dispunham das ferramentas necessárias para produção jornalística. Sem equipamentos próprios, as atividades laboratoriais de TV e rádio eram ministradas fora do campus de Goiabeiras, por intermédio de convênio com a TV Educativa e a Rádio ES.
A primeira grade curricular de 1975 era generalista, oferecendo formação multidisciplinar em Relações Públicas, Publicidade e Propaganda, Editoração e Jornalismo, tendo em vista a preparação de profissionais polivalentes para o mercado.
Em 1989, depois de mobilizações de estudantes e professores, a Ufes foi autorizada pelo MEC a tornar permanente o curso de Jornalismo e, também, a criar o de Publicidade e Propaganda e o de Relações Públicas.
A partir da década de 1980, com a instituição do Departamento de Comunicação Social, novos currículos foram adotados para os novos cursos – jornalismo e publicidade. O curso de Relações Públicas, embora previsto, nunca foi implantado. A partir de 1981, foram efetivados os professores do Departamento de Comunicação. No entanto, a falta de laboratórios e equipamentos, número insuficiente de professores insuficiente e problemas com localização de salas de aula, entre outros, ainda se mantinham.
Em 1995, os cursos do Departamento de Comunicação Social ganharam o seu primeiro edifício de laboratórios, mas as dificuldades enfrentadas dentro do CCJE levaram à busca de uma outra alternativa já tentada no início do curso de comunicação: a mudança para o Centro de Artes, onde existiam cursos com mais afinidades temáticas e possibilidade de uso de infraestrutura compartilhada. Depois de iniciada a construção do prédio de Multimeios (o conhecido Bob Esponja), que demorou anos por escassez de recursos, foi viabilizada a transferência para o CAr. Houve também um período de “mudança” dos antigos laboratórios para os novos que só foi concluído em 2009, quatro anos após a aprovação do projeto.
Em 2007, com a implantação do programa Reuni, uma das iniciativas do Governo Lula para ampliação dos investimentos nas instituições públicas de ensino superior, criou-se um projeto para o curso de Audiovisual. Mas foi preciso esperar pela segunda fase do Reuni para ser aprovado pelo Centro de Artes. Em 2020, foi implantado o curso de Audiovisual em turno noturno.






Exposição fotográfica conta a história do Movimento estudantil da Comunicação com fotos do acervo do Centro Acadêmico de Comunicação (Cacos)
Póscom
Em 2014 foi criado o Programa de Pós-graduação em Comunicação e Territorialidades, logo após a aprovação pela Capes, que só ocorreu depois de quatro tentativas dos professores do Departamento de Comunicação. No início foi implantado apenas o mestrado e somente 10 anos depois foi proposto e aprovado o doutorado, que se iniciou em agosto deste ano. (apuração de Thais Baioco, Otávio Gomes e Cid Bisneto)
